- Fevereiro 8, 2016 -
As entrevistas fazem parte da minha profissão. Lembro-me que quando dei a minha primeira entrevista tinha 18 anos, estava a fazer “A Viúva do Enforcado”. Era protagonista e essa série de televisão seria a primeira de muitas que viria a fazer. Mas eu não sabia! Estava num hotel, no Fundão, e liguei à minha mãe. Estava desesperada com a ideia de ser entrevistada e de que tudo o que iria dizer ficaria gravado para sempre naquelas páginas do jornal e poderia ser lido por muitas pessoas. E se o que eu dissesse desiludisse os fiéis seguidores da minha personagem Teresa de Jesus? E se a Pessoa “Anabela Teixeira” fosse uma personagem pouco interessante e desiludisse as minhas personagens?
Mas os porquês ou receios de dar entrevistas desvaneceram-se com o tempo e com a prática. E, sobretudo, pelo entendimento, porque também eu gosto de ler ou ver entrevistas das figuras que admiro. É uma forma de partilhar coisas sobre mim através do olhar de um jornalista e de um fotógrafo ou operador de câmara. Profissionais em que confio e a que me entrego com mais ou menos reservas, mas sempre de forma honesta, respeitando os meus critérios e o meu trabalho que tanto amo.
Esta é também uma forma de me aproximar das pessoas que me vêm entrar em casa através da televisão, que é um veículo muito rápido. Assim, podem conhecer melhor a atriz por trás das personagens.
Fotos: Café Galeria House of Wonders
E Especial Sic – 7 Fevereiro 2016
Categoria: Diário de Atriz
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