Voltar à terra

Há festa na aldeia

- Julho 12, 2015 -


A Lurdinhas, personagem do filme “Nylon da Minha Aldeia” de Possidónio Cachapa, foi um dos trabalhos que fiz no cinema  que me tocou muito. Por se passar no Alentejo (terra do meu pai)  e pelo encontro com pessoas do campo e da aldeia de Brotas, que é um lugar muito especial onde  terei de voltar, certamente.

Uma das cenas do filme recordou-me as festas da terra da minha avó, que acontecem este fim de semana e proporcionam um lindo encontro familiar. Uma reunião que anima a aldeia, atraindo os familiares da cidade, ou os que emigraram.

A minha avó, felizmente, já está melhor de saúde e a caminho da festa nas Sarnadas de Baixo, Beira Baixa. Aí faz-se uma procissão com as fogaças e o santo padroeiro da aldeia é acompanhado pela  missa. Depois, à noite, há os petiscos e os bailaricos. O meu avô era festeiro e tocava concertina, as minhas tias e os meus tios cantavam… Cantam todos muito bem! As músicas e danças populares fazem parte das nossa memórias.

O Verão é, para muitas famílias portuguesas, um momento de reunião e de festa. Divirtam-se! 

Deixo-vos com algumas fotos da Lurdinhas e o excerto de uma das músicas que mais se canta em casa da minha avó:

“Eu sou filhinha de um pobre barqueiro, fui criadinha nas ondas do mar, a minha cama era a proa do barco, onde eu dormia à noite ao luar, Eu sou pequena meu pai mas já posso, com a varinha de vime na mão, eu também quero ir para a marinha para ajudar meu pai, meu irmão…Eu fui crescendo, crescendo, crescendo, 16 anos passados lá vão e foi então que o meu pai me disse, anda Maria ajudar teu irmão.”

 

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Fotos: Filme “Nylon da Minha Aldeia” de Possidónio Cachapa

 

 

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